Relatório Anual 2024

Edição: Fernanda Nobre

Concepção editorial: Amauri Eugênio Jr. e William Luz

Reportagem: Amauri Eugênio Jr.

Revisão: Lupa Texto

Projeto gráfico e diagramação: Gaya Vieira

Programação: Kelvin Crisos

Fotos: Tiago Queiroz (Foto Home)/ Marcos Morais (15 anos do Ponto de Leitura do Jardim Lapena) / Daisy Serena (lançamento da websérie Ancestrais do Futuro) / José Cícero / DiCampana Foto Coletivo (evento Plataforma Alas em Debate) / Léu Britto / DiCampana Foto Coletivo (lançamento do livro Minha Escolha pela Ação Social / Divulgação

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Diversidade e inclusão no radar da gestão pública

Iniciativas voltadas à promoção do debate sobre orçamentos sensíveis a gênero e raça nortearam a atuação do Programa Planejamento e Orçamento Público em 2024

A construção de uma sociedade pautada pela equidade em todas as esferas passa, obrigatoriamente, pela gestão pública norteada por esses mesmos princípios. Essa é a lógica que orientou a atuação do Programa Planejamento e Orçamento Público da Fundação Tide Setubal em 2024, para dialogar com diversas instâncias do poder público sobre a importância de haver orçamentos sensíveis a gênero e raça.

Uma das frentes de atuação compreendeu, então, o desenvolvimento de um curso sobre o tema. Em parceria com a Rede Orçamento Mulher, da Rede para Desenvolvimento Urbano Sustentável (ReDUS), a iniciativa, que deriva do guia homônimo lançado pela Fundação Tide Setubal em 2022, colocou em pauta alguns dos principais conceitos a respeito do assunto para profissionais da gestão pública poderem iniciar sua jornada no tema.

O curso, que conta com a apresentação da atriz e educadora Magda Figueiredo, tem cinco aulas sobre os seguintes temas:

  • Aula 1: As desigualdades estruturais de gênero e raça na sociedade brasileira;
  • Aula 2: Políticas públicas com viés de gênero e raça;
  • Aula 3: Transversalidade, interseccionalidade e a insuficiência das políticas universais;
  • Aula 4: Orçamentos sensíveis a gênero e raça: conceito e principais ferramentas;
  • Aula 5: Orçamentos sensíveis a gênero e raça: exemplos concretos.

Aprendendo com quem trabalha (e sabe)

As cinco aulas do curso sobre orçamentos sensíveis a gênero e raça têm como um de seus pontos principais a transmissão de conteúdos por meio da transmissão de exemplos e experiências bem-sucedidas sobre o tema no Brasil e no exterior. Além disso, os conteúdos abordam também a estrutura organizacional de órgãos atuantes nesse contexto.

As aulas são guiadas por profissionais da gestão pública, que compartilham experiências e contextualizam as informações retratadas durante os encontros:

  • Clara Marinho, analista do Ministério de Planejamento e Orçamento (MPO), doutoranda em Administração Pública e integrante do Elas no Orçamento;
  • Eduardo Gomor, analista de planejamento e orçamento e doutor em Política Social;
  • Elaine Xavier, analista de planejamento e orçamento do Ministério da Economia;
  • Júlia Rodrigues, consultora legislativa da Câmara dos Deputados na área de Orçamento e Fiscalização Financeira e integrante do Elas no Orçamento;
  • Mariana Mazzini, professora adjunta de Administração Pública e Gestão Social na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
  • Pedro Marin, coordenador do Programa Planejamento e Orçamento Público da Fundação Tide Setubal;
  • Rita de Cássia, consultora de Orçamentos do Senado Federal;
  • Roseli Faria, analista de planejamento e orçamento.
“O maior interesse dos estados na temática mostra que esse não é mais um assunto marginal. Logo, ele é discutido nas coordenações de governo, nas secretarias de planejamento e pelas secretarias transversais. A transversalidade no orçamento é uma ideia cujo tempo chegou.”
(Pedro Marin, coordenador do Programa Planejamento e Orçamento Público)

Do curso à prática

O diálogo contínuo da Fundação Tide Setubal com atores do poder público sobre a importância do orçamento sensível a gênero e raça resultou na implementação da metodologia como aspecto estruturante na condução do governo do Acre. O poder público estadual divulgou em 2024, por meio de parceria com a Fundação, o seu Relatório de Orçamento Sensível ao Gênero.

A cerimônia de lançamento do relatório, que detalha minuciosamente como o orçamento estadual impacta políticas voltadas às mulheres e é um desdobramento direto da Lei nº 4.168/2023, que instituiu o Orçamento Sensível ao Gênero (OSG) no Acre, aconteceu na Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), em Rio Branco. A solenidade teve como destaque a entrega oficial do relatório ao Comitê de Apuração do Orçamento Sensível ao Gênero (Cosg) e à comunidade.

“Essa iniciativa integra um olhar abrangente sobre como as políticas públicas, desde educação até segurança, impactam grupos vulneráveis de maneiras distintas. Esse alinhamento estratégico é essencial para promover a inclusão social e reduzir disparidades, um objetivo compartilhado pela Fundação.”
(Pedro Marin, coordenador do Programa Planejamento e Orçamento Público)

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